Para mim, a escrita vem por acaso . Ela vem ao meu encontro e algumas vezes, quando está bem disposta conversa comiga numa folha, onde não há fim. Uma eternidade absoluta, um desejo de ternura mágico .
Nunca pedi à escrita favores e se pedisse corria sempre mal . Pois saía ao contrário do que eu pedia e desejava .
Neste momento ela está a segredar ao meu ouvido, como se ninguém pudesse ouvir um milímetro da conversa, mas o engraçado é que estamos no quarto só os dois, à porta fechada e ela a falar-me com pena de no Natal, eu não poder escrever e digo a todos que leêm o blog que vou estar à espera de ti .
A escrita tem que ser trabalhada e não pensem que é fácil escrever grandes textos e juntar umas palavras, não .
A pior tarefa de quem escreve é pensar que a escrita está sempre, mas sempre bem disposta. Pura mentira .
No meu caso eu não chamo a escrita e digo que quero um bom texto e boas palavras, mas sim o contrário naquela conversa anterior que eu disse que ela falava, é verdade. Nós é que temos que tirar apontamentos, senão adeus texto .
Quanto a isso ela tem razão, no final nós é que recebemos os aplausos da crítica e dos leitores .
domingo, 23 de dezembro de 2007
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1 comentário:
Belíssimo texto. Um dos melhores que aqui li.
De facto, se não é fácil sentir, torna-se por vezes, mais difícil escrever o que se sente.
Parabéns.
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