Sento-me , mais uma vez , não para descansar , mas sim para comer , para o meu leite da manha , para o meu pão com manteiga e fiambre da manha . Como rápido , não que a fome seja muita , mas sim pois o habito que todas as manhas faço , tanto para comer como para ler , dormir já não . Pois faço demoradamente e sempre com voltas na cama , a pensar não no dia de amanha , mas esse próprio pensamento está como subjugado a um tema que importa salientar , não é prévio , não é pré definido , mas sim é tirado a sorte e lá começa o pensamento a varrer o seu caminho , a sua historia e transcrevo numa espécie de computador improvisado dentro deste liquido que se chama cérebro , a descrição altamente perfeita que não se adequo a mim , mas lá vou fazendo tanto em sonhos numa noite que está sempre bem disposta . que tem como seu fiel escudeiro joão pestana , responsável pelo deitar de todas as crianças do mundo .
É com o joão pestana e a senhora noite que adormeço e é com outra , neste a senhora manha que acordo todas as manhas , por vezes sonolento , outras vezes não . conforme o dia , pois toda a gente tem dias bons e dias maus .
Sujeito-me a uma psicanálise profunda de manha por parte das pessoas que me acompanham no meu dia a dia . Nos minutos e nas horas . De casa para o emprego e do emprego para casa , que todas as famílias fazem .
Numa cidade suja , não com pó , mas cinzenta a cheirar a podre , que os varredores do lixo não limpam metade das ruas pois passam metade a transportar aquele carro que não serve de nada , mas as pessoas tem o ar que tudo está bem e que o vem nessas revistas de gente famosa é que está bem , é bom . mas olhamos a nossa volta e o que temos , absolutamente nada .
Muitas das pessoas fica em casa , no seu sofá a ler e a ver televisão , outra gente está na sua cadeira no computador a fazer uma série de coisas , mas não olhamos para o que vai para além da janela .
Há muito que deixei de ir ao jardim , há muito que deixei de ir de ver as montras das ruas e passei para o centro comercial , para ver e não deixei de ver as paisagens que habitam os pássaros , deixei de ir ao mar para ver as ondas baterem uma contra a outra , deixei de ver as gaivotas ao final da tarde , deixei há um tempo o campo pela cidade , pela lentidão passei para a agitação citadina de todas as manhas , de todas tardes desses suplícios que nos fazemos pois temos um compromisso , mas infelizmente por vezes esse transito horrendo , não nos deixa avançar para nenhum lado , para nehuma frente , para lugar algum .
Temos muita estrada , mas temos mais ainda carros que as pessoas não tem lugar para por lugar ou em vez disso não temos espaço , pois o senhor carro e senhor condutor o que pensam é que tudo é para eles e não há nada para o senhor peão que por vezes fica indignado , pois protesta , mas há demasiados direitos , o que é , mas ao mesmo há uns que se ofendem por isso e querem deveres para tudo e para eles , não há ?
Estou neste quarto não tenho ninguém para dizer mal , mas tenho-me a mim para o fazer .
Berro e grito com este teclado que por vezes é chato , pois não quer trabalhar . raios partam – é o meu desabafo matinal com ele , por vezes acorda não sonolento , mas sim com preguiça .de trabalhar as palavras e de juntar as letras .
A minha volta está um vazio completo . parece que os dias são mais longos e que essa vontade de vencer não habita na minha alma , no meu ser .
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
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1 comentário:
Escrever assim com a tua idade, é adivinhar que nasceu um mestre escritor.
Acompanho o orgulho em ti dos que te conhecem.
Parabéns.
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